_ "Há olhares que despertam,
E provocam,
Mesmo que distantes.
Há os que causam dúvida,
Que confundem
Com estranheza penetrante.
Há os que contam segredos
E histórias...
De vividez marcante.
E os que se escondem,
E absorvem.
Para fugirem errantes.
Mas há olhares,
Que iluminam e dilaceram.
São os teus,
Que, sós, os meus
Procuram e veneram."
E provocam,
Mesmo que distantes.
Há os que causam dúvida,
Que confundem
Com estranheza penetrante.
Há os que contam segredos
E histórias...
De vividez marcante.
E os que se escondem,
E absorvem.
Para fugirem errantes.
Mas há olhares,
Que iluminam e dilaceram.
São os teus,
Que, sós, os meus
Procuram e veneram."
"Foi seguindo as flores,
Que encontrei o caminho
Para o meu jardim dos sonhos."
Que encontrei o caminho
Para o meu jardim dos sonhos."
_"A ascensão da Lua Mãe
Ilumina os inimigos,
Num céu límpido noturno - Deslumbrante
As estrelas são esperanças
Que nos assistem distantes."
Ilumina os inimigos,
Num céu límpido noturno - Deslumbrante
As estrelas são esperanças
Que nos assistem distantes."
Pérolas
_
“Se tu julgas alegres os meus pobres versos,
Mostra-me que não conheces meu coração.
E se os achas plácidos, cândidos anjinhos
Digo-te: são seres alados que me povoam a solidão.
Bem sei que a ti remetem a doce primavera,
Rósea e imaculada, como um rebento a nascer
Mas crês não nascem da luz, nem das cálidas tardes
E sim dos eflúvios dos que estão a jazer.
Não saltitam, rastejam.
Adormecem em prantos.
Não acordam, lamentam.
A soluçar pelos cantos.
São pérolas reluzentes,
De brilho brunido.
Que descansam contentes,
Em meu peito apodrecido.”
Novembro, 2011.
Mostra-me que não conheces meu coração.
E se os achas plácidos, cândidos anjinhos
Digo-te: são seres alados que me povoam a solidão.
Bem sei que a ti remetem a doce primavera,
Rósea e imaculada, como um rebento a nascer
Mas crês não nascem da luz, nem das cálidas tardes
E sim dos eflúvios dos que estão a jazer.
Não saltitam, rastejam.
Adormecem em prantos.
Não acordam, lamentam.
A soluçar pelos cantos.
São pérolas reluzentes,
De brilho brunido.
Que descansam contentes,
Em meu peito apodrecido.”
Novembro, 2011.
"Deixe-me..."
"Deixe-me sentí-lo somente por esta tarde...
Cinza e triste...
Sentí-lo como sinto a chuva e o vento frio
Que atravessam minhas cordas solitárias...
Emanação gélida que em meu colo descansa.
Deixe-me ficar e ser tua.
Só por essa tarde ou até que a noite venha...
E que junto a ti eu ouça longíquo
O recitar dos sonetos do mar.
Deixe-me repousar...
E que não haja voz,
E não haja texturas,
Que não haja nada entre nós.
Nem lágrimas, nem distância.
Deixe-me ser sua,
Porque sempre o fui...
E no alvorecer deixe-me partir,
Sumir no horizonte pálido,
Quando os fantasmas dos raios do sol
Refletirem em seus olhos misteriosos.
Deixe-me ir...
E então não deixe-me, na aurora seguinte,
Lembrar de nada que não seja,
O seu doce perfume."
Cinza e triste...
Sentí-lo como sinto a chuva e o vento frio
Que atravessam minhas cordas solitárias...
Emanação gélida que em meu colo descansa.
Deixe-me ficar e ser tua.
Só por essa tarde ou até que a noite venha...
E que junto a ti eu ouça longíquo
O recitar dos sonetos do mar.
Deixe-me repousar...
E que não haja voz,
E não haja texturas,
Que não haja nada entre nós.
Nem lágrimas, nem distância.
Deixe-me ser sua,
Porque sempre o fui...
E no alvorecer deixe-me partir,
Sumir no horizonte pálido,
Quando os fantasmas dos raios do sol
Refletirem em seus olhos misteriosos.
Deixe-me ir...
E então não deixe-me, na aurora seguinte,
Lembrar de nada que não seja,
O seu doce perfume."